Tal definição é obra do Nélson, o Rodrigues, grande dramaturgo brasileiro. Cheia de surpresas, alegrias e tristezas, saltos elétricos e tombos históricos, a vida nos surpreende a cada instante, motivo de risadas e lágrimas a cada momento.
Sábado, 28 de maio de 2022, Paris, sede da final da Liga dos Campeões da Europa. Jogão de bola, confusão nas cercanias do Estádio, torcedores com ingresso que não conseguiram entrar. É, no primeiro mundo também acontecem coisas desse tipo.
No gramado o Liverpool tomando conta do jogo no primeiro tempo, e sendo surpreendido por um gol do Real quando jogava melhor.
E depois foi o que se viu: no meio do caminho havia um muro. Um muro chamado Courtois. Vitória do Real Madrid e a perda, pelo Liverpool, da taça tão cobiçada.
Jogadores chorando no gramado e no vestiário, e eis que surge o técnico alemão do Liverpool, Jürgen Klopp bradando aos quatro ventos que o mundo não acabara, e perguntando onde seria a próxima final.
Istambul? Reservem já o hotel meus amigos!
Afinal de contas, não dá pra fingir que não existem os vice-campeonatos inglês e da Champions da equipe dos Beatles.
Klopp exaltou Courtois pelas grandes defesas e disse que a vida era assim mesmo: sua equipe teve chances e não marcou e a outra não desperdiçou uma das suas oportunidades.
A postura do técnico alemão não pode passar despercebida. Além de grande esportista, querendo ele ou não, é um guia, um sinalizador de como os seres humanos devem encarar a própria vida.
Um dia a vitória, no outro a derrota. A vida é assim e deve ser aceita sem revoltas, pois o que tem que acontecer acontece mesmo, de verdade, sem choro nem vela.
O grande Nélson Rodrigues já sabia disso bem antes de nós. Por isso definiu a vida como ela é, e Jürgen Klopp , concordando com ele, respondeu, que hoje a derrota machuca, mas amanhã, quem sabe, em Istambul, os sorrisos estarão de volta.
A vida é assim, e não adianta chorar.
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